"Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas a todos os níveis"
Mulheres da Amazônia são arquitetas da paz, enfrentando a violência e garantindo direitos. Elas transformam suas lutas em justiça, ocupam espaços de decisão e lutam pela visibilidade de todas. A paz que constroem é forte como a floresta.
SENHORA DA JUSTIÇA - por DANI SÁ & EMÍLIA SÁ
A obra destaca uma versão estilizada de Yansã, orixá dos Ventos na cultura afro brasileira, é considerada aplicadora da lei, justiça divina e luta pessoal. Seus aparatos, a espada, que significa força e coragem, e o iluquerê, responsável por afastar o mal.
Quando li sobre a 16ª ODS, que trata também sobre invisibilidade me identifiquei, pois minha mãe sempre me contou a história de como eu não fui registrada pelo meu pai, mesmo ela tendo entrado na Justiça, eu não tenho o nome dele no RG, havia aquele "desconhecido", um vazio, o nome me foi negado na certidão. No meu caso, a justiça foi falha.
Hoje isso já foi superado, o "nome" não me fez falta, lembro de fugir de casa com 5 anos, quando meu pai, finalmente, veio me conhecer. Eu sempre vejo representações da Justiça como a deusa Temis, mas eu e minha dupla, minha filha de 9 anos, concordamos que Yansã seria uma melhor representação, cercada de imagens de recortes e com suas identidades como o seu bem mais precioso, representado por documentos em ouro velho.
