"Eliminar o racismo e a discriminação étnico-racial contra povos indígenas, afrodescendentes e grupos populacionais afetados por múltiplas formas de discriminação"
Mulheres negras, indígenas e nortistas carregam no sangue a resistência contra o racismo e a xenofobia. Suas vozes ecoam na defesa de territórios, culturas e direitos, enfrentando violências que tentam silenciá-las. Entre florestas e cidades, lideram lutas por saúde, educação e moradia digna, tecendo um amanhã onde suas histórias são força, memória e justiça. Na Amazônia, cada passo dessas mulheres é raiz que rompe o solo da desigualdade.
TECENDO FUTUROS ANCESTRAIS - por THAY PETIT

O BOSQUE - por MILEIDE BARROS

A obra é um convite a reflexão da contemporaneidade da cidade de Belém/PA em uma perspectiva de destaque, por questões culturais e por sediar a COP 30. No entanto se depara com cenários de desigualdades raciais, sociais e vulnerabilidade do corpo habitante da Amazônia legal.
O resultado do aquecimento global já é evidente em qualquer ponto da Amazônia, em Belém não seria diferente, a cidade enfrenta grandes crises de saneamento básico, com obras que duram décadas, forte evidências da corrupção de governos, e alta no aumento de queimadas e poluição dos rios e terras do interior do Pará.
O bosque verde no centro da cidade não esconde as desigualdades sociais ocorridas por refugiados, corpos negros, ribeirinhos, amazônidas, venezuelanos, em situação de vulnerabilidade social, marcada pela colonização em massa, o capitalismo e a força da branquitude pode estar escancarada, representado em uma mulher com seu filho no colo, com seu rosto, sua trouxas de roupas, ao lado pessoas alimentando os macacos, mesmo com placas alertando para não alimentar os animais.
O bosque reflete uma maquiagem, com pinceladas de verde reflito a natureza enquanto nesse exato momento ela queima, a mulher com seu filho tenta conectar o afeto humano, ao cidadão, o direito de viver, de ter vida e dela poder usufruir, com mensagens explícitas nas placas perto do bosque que a natureza pede socorro, que está sendo vendida, cortada, empacotada, diluída, finalizada. Entre igualdades e desigualdades raciais a sempre o verbo comum, o princípio, sendo esse á natureza.